Chegou a 31 o número total de mortes pela passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado desde a segunda-feira (4). Nesta quarta (6), o governo confirmou mais dez vítimas.
O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira. Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.
As 31 mortes registradas no Rio Grande do Sul até a manhã desta quarta já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram em junho, entre elas uma professora do Instituto Federal.
Em entrevista na noite de terça, o governador Eduardo Leite confirmou que se trata da pior tragédia natural do estado.
“Não tem sido um ano fácil para o Rio Grande do Sul. Mas nosso povo é resiliente e forte, e nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares, civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias”, afirmou.
Foram 15 óbitos apenas no município de Muçum, na Região Central do estado. De acordo com a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos ao vistoriar uma casa nesta terça-feira (5).
No total, 70 cidades foram afetadas, deixando 4 mil pessoas desalojadas e quase 2 mil desabrigados.
Segundo o Climatempo, novas áreas de instabilidade voltaram a influenciar o Rio Grande do Sul nesta quarta-feira. Tem previsão de pancadas de chuva com raios à tarde e à noite no centro-sul gaúcho, incluindo áreas como Santa Maria, Pelotas, a região de São Luiz Gonzaga, Uruguaiana e a Campanha gaúcha.