Operação Mensageiro leva primeiro prefeito preso ao banco dos réus

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O julgamento ocorrerá na 5ª Câmara Criminal em Florianópolis, às 9h da manhã.

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O Tribunal de Justiça de Santa Catarina já tem data marcada para o primeiro julgamento de um prefeito preso na Operação Mensageiro. No próximo dia 28, o ex-prefeito de Itapóa, Marlon Neuber, estará no banco dos réus.

O julgamento ocorrerá na 5ª Câmara Criminal em Florianópolis, às 9h da manhã. A informação foi publicada esta semana no processo e confirmada à coluna de Jean Laurindo, da NSC.

O processo contra Neuber foi o primeiro a ter audiências com testemunhas e interrogatório dos réus, ainda no fim de maio. Além do ex-prefeito, também são réus nesta ação o empresário Amilton José Reis, cunhado de Neuber, um ex-chefe de gabinete e sete pessoas ligadas à empresa Serrana Engenharia, pivô do escândalo do lixo.

Marlon Neuber foi preso em dezembro de 2022, na primeira fase da Operação Mensageiro. Ele renunciou ao cargo de prefeito em 3 de julho deste ano.

Três Barras

Luiz Divonsir Schimoguiri foi preso na 4ª fase da Operação Mensageiro e está detido em Joinville desde 27 de abril. Shimoguiri foi o último prefeito preso que teve o caso analisado. Ele se tornou réu no dia 24 de agosto. Quatro dias depois, renunciou ao cargo.

Por conta disso, perdeu a prerrogativa de foro e o processo contra ele será analisado e julgado na Vara Criminal de Canoinhas.

Segundo a investigação, ele teria recebido R$ 805 mil em pagamento de propina da empresa Serrana Engenharia, pivô da Mensageiro. Os contratos, segundo o Ministério Público, somam incríveis R$ 6 milhões. O valor mensal recebido a título de propina era diferenciado: um valor era relativo a coleta de lixo (Serrana) e outro de contratação de águas (Samasa).

O ex-prefeito de Três Barras já teve dois pedidos de habeas corpus negado. No último, sob a relatoria do Ministro Jesuíno Rissato, o desembargador decidiu que, devido a periculosidade, Shimoguiri deve continuar na prisão.

Com a renúncia, a Câmara de Vereadores de Três Barras, tomou a decisão de arquivar o processo de impeachment contra o ex-prefeito.

Se a comissão tivesse cassado o mandato, Shimoguiri teria seus direitos políticos suspensos por oito anos, o que não ocorre com a renúncia.