Na noite desta segunda-feira (18), na Tribuna da Câmara de Vereadores, a prefeita Juliana Maciel Hoppe compartilhou de forma concisa alguns projetos de lei encaminhados à Casa de Leis em Canoinhas.
Já no início do seu pronunciamento, Juliana enfrentou um princípio de vaias vindas da plateia, porém, demonstrando tranquilidade e segurança, destacou a coragem de estar presente para dialogar com os servidores, algo que, segundo ela, alguns gestores anteriores não tiveram.
Dentre os projetos apresentados, um deles trata do Plano de Cargos e Salários do Magistério e dos profissionais da Educação no município.
Outro propõe o pagamento de vale-alimentação aos servidores municipais lotados nas Secretarias de Obras e de Desenvolvimento Rural. O terceiro, por sua vez, busca aumentar para R$ 300 o valor referente à cesta básica para servidores que recebem menos de dois salários mínimos, como cozinheiras e serventes. Anteriormente, o valor era de apenas R$ 100.
A prefeita ressaltou que essas iniciativas têm como objetivo promover a equidade entre os servidores, atendendo a uma demanda antiga de todo o funcionalismo público do município, sem privilegiar uma classe em detrimento de outra.
“Nós temos 1.019 servidores efetivos. Se contar os terceirizados e ACTs chegamos a 1.819 públicos municipais. Destes, não conheço um que não queira melhores salários”.
Juliana esclareceu que, no caso do projeto de lei referente aos cargos e salários do Magistério, não haverá impacto na remuneração atual dos professores, mantendo-se inalterada mesmo após a aprovação da lei.
Ao concluir seu pronunciamento, a prefeita afirmou que a situação é séria e surpreendeu ao revelar que, ainda nesta semana, enviará à Câmara um projeto de lei que propõe a redução de salários, incluindo o seu, o do vice-prefeito Homer e de todos os vereadores. Desta vez houve aplausos.
“‘Se os servidores estão sentindo doendo na carne, então que doa na carne de todo mundo”, afirmou Juliana.
Na exaltação dos presentes, ante a informação bombástica, uma voz se alterou para hostilizar a prefeita, na qual prontamente recebeu a resposta: “É difícil às vezes quem queria cargo comissionado,e não conseguiu, e agora tem que se manifestar de outra forma“, alfinetou Juliana.
Ela enfatizou a ideia de que, se os servidores estão sentindo as dificuldades, todos devem compartilhar o ônus. O projeto, caso enviado e aprovado, só entrará em vigor na próxima legislatura, em 2024, deixando em aberto a incógnita sobre a concordância dos vereadores em diminuir seus próprios salários. Alguma aposta?