Segundo projeções da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o salário mínimo deve chegar a R$ 1.502 em 2025. O valor representa um aumento de 6,4% em relação ao valor atual de R$ 1.412, um acréscimo de R$ 90. A estimativa consta da edição de maio do Boletim Macrofiscal.
A previsão já havia sido indicada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Congresso Nacional em abril. No entanto, o valor final ainda pode sofrer alterações, pois depende das projeções para a inflação e de eventuais revisões do Produto Interno Bruto (PIB).
Regra de Valorização:
Desde 2023, o reajuste do salário mínimo segue uma nova regra, que visa garantir um aumento real acima da inflação. A fórmula utilizada leva em consideração a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses até novembro do ano anterior, somada à variação do PIB de dois anos antes.
No caso de 2025, a inflação acumulada pelo INPC até novembro de 2024 está estimada em 3,5%, enquanto a variação do PIB em 2022 foi de 2,9%. A soma desses dois índices resulta no reajuste de 6,4%, previsto para o salário mínimo no próximo ano.
Tramitação no Congresso:
O PLDO de 2025, que inclui a previsão do novo valor do salário mínimo, ainda está em tramitação no Congresso Nacional. Após a aprovação do projeto, o valor definido para o salário mínimo em 2025 será oficializado por meio de lei.
O valor do salário mínimo tem impacto não só na remuneração dos trabalhadores, mas também nos benefícios. Entre eles estão aposentadorias, pensões e outros auxílios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além do seguro-desemprego, no abono salarial PIS/Pasep e do BCP (Benefício da Prestação Continuada).
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo é a base da remuneração de 60,3 milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS.