CNN — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Natal começará no dia 1º de outubro no país como expressão de “agradecimento” ao povo venezuelano.
“Para todos e todas, chegou o Natal! Com paz, felicidade e segurança”.
Nicolás Maduro, em anúncio oficial via Globovisión
O decreto foi emitido no mesmo dia em que o Ministério Público obteve um mandado de prisão para o candidato presidencial da oposição, Edmundo González.
“Setembro está chegando e eu disse: setembro e já cheira a Natal. E é por isso que este ano em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o Natal antecipado para 1º de outubro, com paz, felicidade e segurança”, disse Maduro durante seu programa semanal na segunda-feira (2).
Enquanto isso, as mensagens de apoio a González da comunidade internacional continuam com apelos para garantir a liberdade e a segurança do candidato presidencial da oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD).
Até a reunião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria nesta terça-feira (3) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para tratar sobre a situação na Venezuela foi adiada. A crise no país vizinho se agravou após ordem de prisão do candidato oposicionista Edmundo González.
O governo brasileiro avalia soltar uma nota oficial demonstrando preocupação com o aumento das tensões.
Ao mesmo tempo em que se pretende indicar claramente uma insatisfação com os últimos passos de Maduro, o objetivo é não levar a Venezuela para um isolamento internacional ainda maior e não romper completamente o diálogo.
O Brasil continuará sem reconhecer a vitória de Maduro e exigindo a apresentação das atas eleitorais, mas endurecer a estratégia — declarando a Venezuela uma ditadura ou tratando González como presidente legítimo – está fora de cogitação.