O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou, nesta quarta-feira (6), detalhes do acidente doméstico sofrido no dia 19 de outubro. Na ocasião, o petista se machucou enquanto cortava as unhas, em um banheiro do Palácio da Alvorada. Ao se abaixar, se desequilibrou e caiu de costas.
Na queda, sofreu um corte na nuca e precisou levar ao menos cinco pontos. “Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue. Eu achei que tinha rachado o cérebro”, disse.
“Eu caí de onde eu nunca deveria ter caído. Eu cheguei 16h30, no sábado, em casa, vindo de São Paulo. Eu sentei para cortar a minha unha. Eu cortei a minha unha, lixei a minha unha, sentado em um banco que eu sempre sentei. Atrás do banco que eu estava sentado, tem o espelho, as gavetas e tem uma hidromassagem grande, com um metro e pouco de altura. Quando eu fui guardar o estojo invés de eu mexer com o banco, eu mexi só com o corpo. E aí é que não teve mais espaço”, contou Lula.
“A minha bunda não levitou (risos). Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue. Eu achei que tinha rachado o cérebro, o casco, sabe. Eu fui direto para o [hospital privado] Sírio Libanês. Eu achei que era uma coisa muito mais grave. A batida mexeu com o cérebro. Eu estou fazendo ressonância magnética a cada três dias. Agora vou fazer outra no domingo para ver se estou 100% curado. Os médicos me recomendaram a não viajar em voo prolongado, então suspendi todas as viagens. Ao mesmo tempo, estou tomando remédio para prevenção”, completou.
As informações foram dadas por Lula em entrevista para a RedeTV. O acidente doméstico ocorreu em outubro e resultou em traumatismo craniano leve.
“Eu vou me cuidar até os médicos disserem que estou apto. Batida na cabeça é uma coisa sempre muito delicada. Os médicos me dizem que é preciso até 30 dias para saber os efeitos que o tombo causou. Eu estou bem, estou trabalhando normalmente. Eu só posso dizer que a batida foi muito forte”.
Os médicos recomendaram que Lula evitasse viagens longas. Diante do cenário, o presidente cancelou quatro compromissos internacionais: Rússia, Azerbaijão, Colômbia e Peru.