O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou uma representação à Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quarta-feira (26). A representação visa investigar os gastos relacionados à viagem a Roma, na Itália, da primeira-dama Janja da Silva.
Ao todo, Janja e os assessores gastaram aproximadamente R$ 292,3 mil em passagens aéreas e diárias.
A comitiva tinha 12 integrantes. O grupo participou da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).
Somente as passagens da primeira-dama custaram R$ 34 mil. Os dados da passagem de Janja estão disponíveis no Painel de Viagens. A passagem de ida, em 9 de fevereiro, custou R$ 15,4 mil. A da volta, em 14 de fevereiro, custou R$ 18,7 mil.
Segundo Kataguiri , ela não possui cargo oficial que justifique o uso de dinheiro público para a viagem.
“A utilização de recursos públicos para financiar a viagem de uma pessoa sem cargo oficial pode configurar improbidade administrativa”, argumentou o deputado.
Na representação, Kim pede que sejam tomadas as devidas providências para apurar e, se for o caso, responsabilize os envolvidos.
Em Roma, a esposa do presidente Luiz Inácio teve encontros com algumas autoridades estrangeiras – entre elas, o papa Francisco e o presidente da África do Sul.
Por um lado, há quem defenda que a participação em encontros internacionais, como os realizados em Roma, contribui para a construção de pontes diplomáticas e fortalece a imagem do Brasil no exterior. No entanto, a crítica se impõe quando os gastos ultrapassam o que seria justificável dentro de uma estrutura de representação oficial.
Se, de um lado, o investimento em relações internacionais pode trazer benefícios a longo prazo, por outro, a falta de critérios claros na alocação desses recursos mina a confiança da sociedade na gestão dos recursos públicos.









