O governo federal publicou nesta quarta-feira (11) os detalhes do congelamento de mais de R$ 30 bilhões em despesas do Orçamento, medida anunciada em 22 de maio.
A iniciativa visa equilibrar as contas públicas em 2025, mas impacta diretamente programas sociais e áreas essenciais, como saúde, ciência e segurança.
O corte de R$ 31,3 bilhões busca não só reduzir gastos, mas também, junto com o anúncio de maio que previa um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), aumentar a arrecadação. Nesta quarta, o governo Lula divulgou novas medidas alternativas ao IOF, buscando outras formas de reforçar o caixa.
Onde o dinheiro foi cortado?
A divulgação detalhada mostra que diversos ministérios terão que apertar o cinto. Veja alguns dos principais afetados:
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ-SP): Precisará economizar R$ 748,5 milhões. Até o combate ao tráfico de drogas será afetado, com R$ 17,9 milhões a menos para suas operações. A manutenção da emissão de passaportes e o controle de estrangeiros também contribuirão com R$ 132 milhões desse total.
Ministério da Saúde: Com um dos maiores orçamentos, terá de reduzir R$ 2,366 bilhões. O Farmácia Popular sofreu o maior corte da pasta, com R$ 226,8 milhões a menos. A educação bucal terá que lidar com R$ 194 milhões a menos, e serviços ambulatoriais, com R$ 183 milhões a menos.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTic): Terá uma restrição de R$ 679,9 milhões. Os investimentos em formação e capacitação para o desenvolvimento científico foram os mais atingidos, com um corte de R$ 435 milhões.
Ministério da Previdência Social: O impacto é de R$ 586,4 milhões. Dentro da pasta, o INSS teve a maior restrição orçamentária, com R$ 536,7 milhões. Esse valor será dividido entre o atendimento a segurados (R$ 426,6 milhões) e o processamento de dados (R$ 110 milhões).
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Equilíbrio fiscal com impacto social
As medidas buscam o equilíbrio fiscal ainda em 2025. Ao mesmo tempo em que tenta conter despesas, o Governo Lula também trabalha para ampliar a arrecadação. O desafio é manter programas sociais e serviços essenciais funcionando dentro de um orçamento (bem) mais apertado.