Na noite de quarta-feira (8), duas estudantes foram vítimas de assalto à mão armada dentro do câmpus da UFSC, em Florianópolis. Uma das vítimas foi agredida e teve o celular e a bolsa roubados.
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 21h. Os suspeitos, que estavam em uma motocicleta vermelha, fugiram do local após o roubo, levando um iPhone 12 mini e materiais escolares. Até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com as vítimas, elas caminhavam do Centro Socioeconômico (CSE) em direção à saída do bairro Carvoeira quando foram abordadas por dois homens em uma moto. Uma das estudantes, de 21 anos, relatou que os suspeitos passaram por elas, olharam e disseram “pode passar”. Ela desconfiou, e pouco depois os homens retornaram, parando ao lado da amiga dela em uma área escura.
“Eles disseram ‘não grita’. Um deles estava armado. Minha amiga tentou fugir e gritou, porém os assaltantes foram atrás. Eu congelei ao ver a arma, depois corri com medo de levar um tiro”, contou a jovem.
Ela tentou buscar ajuda na guarita da entrada da Carvoeira, mas não encontrou segurança. Então correu até o Centro Social da Cerveja (CSC), onde conseguiu acionar a polícia.
A outra estudante, de 24 anos, foi derrubada, agredida e teve seu celular e bolsa roubados. Segundo a colega, “apontaram a arma para a cabeça dela e disseram ‘vai morrer’”. A vítima sofreu ferimentos e precisou de atendimento médico antes de prestar depoimento.
A Prefeitura de Florianópolis esclareceu que a segurança no campus é responsabilidade da universidade, enquanto a Guarda Municipal faz rondas na área, mas não pode atuar em território federal.
A UFSC afirmou que está colaborando com as investigações e que a Secretaria de Segurança Institucional está analisando imagens das câmeras para identificar os suspeitos.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSC se manifestou criticando a falta de segurança no campus, citando a precarização dos contratos de vigilância, a má iluminação e a ausência de resposta da universidade.
Na nota, o DCE destacou que tais condições tornam o ambiente inseguro, especialmente para mulheres, pessoas LGBT e negras, e questionou quantos casos semelhantes ainda precisam ocorrer para que as reivindicações sejam atendidas.






