Neste sábado, 18 de outubro, é celebrado o Dia do Médico, data que homenageia os profissionais que dedicam suas vidas à promoção da saúde e ao cuidado das pessoas.
No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), essa missão ganha contornos ainda mais intensos — cerca de 478 médicos vivem diariamente o desafio de tomar decisões rápidas, lidar com situações críticas e manter o equilíbrio emocional diante do sofrimento humano.
Entre os que atuam nas Unidades de Suporte Avançados (USAs), está o médico Elemar Fachinello Nichele, de 46 anos, com 22 anos de profissão e 16 dedicados ao Samu. Natural de Concórdia, no Oeste catarinense, o profissional revela sua inspiração.
“Vários problemas de ordem gástrica me aproximaram, na infância e adolescência, de excelentes médicos, que me inspiraram e motivaram minha escolha”, conta.
Para Nichele, o principal desafio da medicina moderna está em equilibrar conhecimento técnico e sensibilidade. “Conciliar o saber acumulado com a enxurrada de informações das redes sociais e das novas tecnologias, como a inteligência artificial, é uma tarefa diária. O desafio é filtrar tudo isso para oferecer o melhor da medicina, de forma individualizada, a cada paciente”, avalia.
O dia-a-dia do trabalho de urgência e emergência é intenso. “A rotina se divide entre preparação, checagem de equipamentos, atualização constante, cumprimento de protocolos e atendimentos que exigem decisões em segundos — diagnóstico, gravidade, tratamento imediato e transporte seguro”, explica Elemar.
Apesar das dificuldades, o médico garante que o amor pela profissão se mantém firme. “Ser médico no Samu é ter atitude, conhecimento técnico, empatia e coragem para enfrentar o pior momento da vida das pessoas. É estar presente quando tudo parece desabar.”
Nichele também recorda a atuação durante a pandemia de Covid-19 como um marco na carreira. “Trabalhamos dobrado, enfrentando o desconhecido e um mundo em pânico. Enquanto muitos se protegiam em casa, nós corríamos para dentro do caos. Tenho muito orgulho das equipes de saúde naquele momento”, afirma.
Outro exemplo de dedicação é o médico Paulo Felipe Cardoso, de 40 anos, natural de Nova Iguaçu (RJ) e há quase quatro anos atuando na USA de Criciúma, no Sul do Estado.
“Não tinha outra profissão a não ser médico. Tenho muito amor pelo que escolhi para minha vida e cuidar das pessoas é um sacerdócio. A responsabilidade é enorme. É preciso ter habilidade em emergência, atualização constante, tomada de decisão rápida e muita resiliência emocional. A imprevisibilidade é o que me move: salvar vidas sempre!”, completa.
Samu SC
O Samu de Santa Catarina possui cerca de 478 médicos que atuam nos serviços de urgência em todo o estado. Desse total, em torno de 180 médicos regulam e coordenam os atendimentos que chegam, por meio de chamadas pelo número 192, nas oito Centrais de Regulação de Urgência.
Outros 298 médicos atuam nas USAs terrestres, nas unidades inter-hospitalares e nos serviços aeromédicos, consideradas UTI móveis.
Os profissionais realizam atendimento médico de urgência e emergência a pacientes críticos — no local da ocorrência, durante o transporte terrestre ou aéreo e em transferências entre hospitais — executando procedimentos de suporte avançado de vida, em articulação com a Central de Regulação Médica e com as equipes de enfermagem e resgate.
“No dia 18 de outubro, comemoramos o Dia do Médico. No Samu Catarinense o profissional atua nas centrais de regulação atendendo às demandas da população, nas unidades de suporte avançado, UTIs móveis, no serviço aeromédico. É esse profissional que garante a assistência e o cuidado intensivo ao doente em parceria com os demais profissionais da equipe. Salvar vidas não é uma missão fácil, porém com zelo e dedicação, esses profissionais conseguem cumprir os seus objetivos, mantendo, restaurando e apoiando a vida dos nossos catarinenses”, parabeniza o superintendente de Urgência e Emergência (SUE), Marcos Fonseca.
