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Operação que prendeu prefeito de Major Vieira entra na 3ª fase e efetua mais prisões

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As prisões ocorreram em Major Vieira e Monte Castelo, onde ficam as empresas suspeitas de prestaram serviços para a prefeitura de Major Vieira.

Atendendo pedido do Ministério Público de Santa Catarina, a Justiça determinou o levantamento do sigilo da terceira etapa da Operação Et pater filium, deflagrada na última sexta-feira (6), operação esta  em que o prefeito de Major Vieira e seu filho foram denunciados e presos, por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a denúncia, a organização criminosa foi formada e agia desde o início do mandato do prefeito e usou diversas maneiras para fraudar licitações superfaturadas, mediante o pagamento de propina para agentes públicos.

“Havia, no município de Major Vieira, uma organização criminosa voltada à fraude de licitações, pagamento de propina comandada pelo investigado Orildo e seu filho Marcus”, aponta o Ministério Público.

Na primeira fase da operação, Severgnini disse que dinheiro encontrado em sua casa \”era fruto de suas economias\”. Foto: Arquivo

Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva do Prefeito de Major Vieira, Orildo Antonio Severgini, do seu filho Marcus Vinicius Brasil Severgini. 
Eles estão detidos desde o dia 13 de agosto, na Unidade Prisional de Canoinhas, e já tiveram dois pedidos de habeas corpus negados pela Justiça.

As investigações apontam que o prefeito e o filho, inicialmente, se associaram a empresários para fraudar os processos licitatórios e receber percentual pela participação.
\”Com o passar do tempo, para eles, esse percentual começou a ficar pequeno e perceberam que conseguiram alavancar os ganhos ilícitos, executando pessoalmente as atividades empresariais e desviando diretamente os recursos públicos, diz o MP.

Nesta terceira etapa, deflagrada na última sexta (6),  foram presos outros três empresários que teriam participação nos crimes. Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e um de suspensão de atividade empresarial.

As prisões ocorreram em Major Vieira e Monte Castelo, onde ficam as empresas suspeitas de prestaram serviços para a prefeitura de Major Vieira.

Esta terceira fase da operação investiga novos crimes da organização voltada para a prática de peculato, fraude a licitação e lavagem de dinheiro. 

De acordo com as investigações do Ministério Público e da Polícia Civil, a família Severgnini movimentou mais de R$ 8,5 milhões entre 2012 e 2020.

“À guisa de exemplo, a movimentação financeira da conta do investigado Orildo destoa completamente dos seus rendimentos. A remuneração de prefeito girou em torno de R$ 6.400,00, resultando em um recebimento anual – incluindo as férias e décimo terceiro salário – de R$ 85.120,00”, pontua o MPSC.

Todos os mandados foram requeridos pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC e expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.

Os requerimentos foram fundamentados pelas provas colhidas nas duas fases anteriores da investigação, que já havia resultado em ação penal contra o prefeito, seu filho e dois empresários pelos supostos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.

Nas duas primeiras etapas da investigação, foi apurado que o prefeito e o seu filho, mediante o suposto recebimento de propina, teriam fraudado licitações para beneficiar empresas.

Os fatos em apuração nesta nova fase indicaram que a organização criminosa teria alterado a forma de atuar, dispensando os empresários intermediários e fraudando licitações em benefício próprio, agindo, inclusive, em outros municípios da região.

Os cinco investigados estão presos preventivamente. O prazo para a conclusão das investigações é de 10 dias a partir das prisões, com mais cinco dias de prazo para oferecimento da denúncia. (Autos n. 503.84.16-11.2020.8.24.0000).

Fonte: Ministério Público de Santa Catarina

Os fatos em apuração nesta nova fase indicaram que a organização criminosa estaria agindo também em outros municípios da região.