Celesc anuncia aumento na conta de luz a partir de 22 de agosto

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Tarifa paga pelo consumidor precisa cobrir os custos de geração, transmissão, distribuição, encargos setoriais e impostos.

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 A Agência Nacional de energia Elétrica – ANEEL – homologou nessa terça-feira (17) o resultado da Revisão Tarifária Periódica da Celesc Distribuição, com efeito médio ao consumidor de 5,65%, a ser aplicado nas tarifas no período de 22 de agosto de 2021 a 21 de agosto de 2022, considerando consumidores de toda a área de concessão da empresa.

De acordo com a CELESC, a tarifa paga pelo consumidor precisa cobrir os custos de geração, transmissão, distribuição, encargos setoriais e impostos.

Ainda conforme a concessionária, o reajuste está bem abaixo das empresas de porte similar à Celesc e dos índices de inflação, e se deve, além de outros fatores, à ação judicial promovida pela Companhia, visando excluir o ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS.

Caso não fosse realizado, neste momento, o repasse de valores decorrentes deste crédito, o efeito do reajuste na tarifa seria superior a 14%.

Os itens que mais impactaram para a composição da revisão foram os custos de aquisição de energia, os componentes financeiros e os encargos setoriais.

A CELESC informou também que recebe para a operação e manutenção do sistema elétrico, realização de investimentos em novas redes de energia e custeio das despesas operacionais apenas 0,91% do efeito médio do reajuste.

A cada R$ 100,00 pagos pelo consumidor, R$ 14,50 ficam com a Empresa para custear operações e realizar investimentos. O restante é repassado para outros agentes do Setor Elétrico.

Se comparados os principais reajustes acumulados dos últimos 12 meses (agosto de 2020 a julho de 2021), com outros itens de produtos e serviços, medidos pelo IPCA, a tarifa tem um efeito médio abaixo da inflação.

A variação acumulada da gasolina, por exemplo, foi de 39,65% e do gás de botijão foi de 29,29%. Analisando as demais distribuidoras do país que já tiveram reajustes em 2021, a média publicada pela ANEEL foi de 8,95%.

A comparação do efeito na tarifa e da evolução dos principais preços na economia pode ser visualizada na figura a seguir:

Notas:
* Valores acumulados dos últimos 12 meses (agosto/20 a julho/21) – Fonte: IBGE e FGV.
** Média das distribuidoras que já passaram por processo tarifário em 2021.