Mulher que escondeu corpo do marido em freezer é denunciada por três crimes

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Ré é acusada de dar medicamentos para o homem dormir e o sufocar com uma sacola plástica.

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O Ministério Público de Santa Catarina denunciou Claudia Tavares Hoeckler, de 40 anos, que teria matado o marido, escondido o corpo em um freezer e pedido ajuda às autoridades para encontrá-lo. O crime ocorreu em Lacerdópolis, no Meio-Oeste, em novembro do ano passado.

A Promotoria de Justiça da Comarca de Capinzal pretende que a ré seja submetida a júri popular por homicídio duplamente qualificado (asfixia e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

A Justiça aceitou a denúncia e a mulher se tornou ré no processo. Um pedido de habeas corpus foi negado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e ela segue presa preventivamente no Presídio Regional Feminino de Chapecó.

Segundo a denúncia, no dia 14 de novembro de 2022, a ré teria dopado o marido, Valdemir Hoeckler, de 52 anos, com medicamentos de rotina para que ele dormisse. Na sequência, ela o amarrou pelos pés, pernas e braços até imobilizá-lo. Por fim, a mulher colocou uma sacola plástica na cabeça da vítima e apertou com pedaços de borracha para impedir a passagem do ar, provocando sua morte.

“Ela agiu com brutalidade fora do comum e notável contraste com o mais elementar sentimento de piedade, submetendo a vítima a sofrimento desmedido e desnecessário, tudo sob absoluta ausência de qualquer sentimento humanitário”, diz a denúncia.

Após a consumação do homicídio, a ré escondeu o corpo em um freezer na área de serviço anexa à cozinha. No dia seguinte, registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do marido, mobilizando policiais civis e militares, bombeiros e até vizinhos e amigos para as buscas.

O corpo foi localizado no freezer em 19 de novembro, cinco dias após o crime, enrolado em um lençol e coberto por alimentos e bebidas. Refrigerantes, que estavam em cima do corpo, foram oferecidos aos bombeiros que ajudavam nas buscas.

“Com a declaração falsa, a denunciada alterou a verdade sobre a morte da vítima e a ocultação de seu cadáver, fatos juridicamente relevantes para a investigação criminal”, conclui a denúncia.