O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), usou as redes sociais para criticar a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil. O ditador venezuelano teve uma série de reuniões marcadas nesta segunda-feira (29) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.
O deputado chegou a enviar um ofício à embaixada dos Estados Unidos no Brasil em que pede informações sobre o que o governo americano poderia fazer para prender o presidente da Venezuela. “Informo a presença, no Brasil, do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que, conforme consta no site do Drug Enforcement Administration (DEA), é procurado por autoridades norte-americanas, acusado pelo Procurador-Geral dos Estados Unidos, Sr. Willian Barr, dos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção“, diz o ofício do deputado Zé Trovão.
“Aguardo a resposta da embaixada Americana quanto a esse escárnio que é a presença desse ditador sendo recebido com honras pela “alma mais honesta do mundo” em solo Brasileiro. É uma verdadeira afronta!”, postou no Twitter.
No ofício enviado à Embaixada, Zé Trovão pede informações de quais medidas podem ser adotadas pelo Governo Americano para captura desse criminoso, que ele classificou como ‘bandido, comunista e traficante’.
O deputado ainda chamou o presidente Lula (PT) de irresponsável, por receber no Brasil ‘esse tipo de bandido’
Retomada de relação com Venezuela é plena, diz o presidente Lula
Por outro lado, Lula posou para fotos ao lado de Nicolás Maduro, e disse, segundo a Agência Brasil, que a retomada de relação com Venezuela é plena:
“Sabemos das dificuldades que nós temos, sabemos da dívida da Venezuela e sabemos que tudo isso faz parte e vai fazer parte de um acordo para que a nossa integração seja plena”, afirmou o presidente Lula.
Durante o encontro, no Palácio do Planalto, Lula lembrou que Maduro não vinha ao Brasil há oito anos e se referiu ao encontro como um “momento histórico” e de “volta da integração”.
Crimes contra a humanidade
Depois das eleições presidenciais de 2018, cujo resultado — a reeleição de Maduro — não foi reconhecido por mais de 60 países, entre eles o Brasil, o fracasso do movimento de oposição representou um enorme dilema para todos os que se recusaram a legitimar a segunda Presidência de Maduro.
O dilema se tornou ainda maior quando o Tribunal Penal Internacional (TPI) iniciou um processo preliminar de investigação sobre supostos crimes de lesa-Humanidade na Venezuela, envolvendo o chefe de Estado do país.
O órgão havia iniciado uma análise preliminar em 2018 pela atuação de militares e policiais no controle de protestos que deixaram uma centena de mortos em 2017.
O TPI — Tribunal Internacional, foi criado nos anos 1990 para investigar crimes de guerra e crimes contra a Humanidade.





