Anna Carolina Jatobá, presa desde 2008 pela morte da enteada Isabella Nardoni, foi solta na noite desta terça-feira (20), após a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela cumpria pena há 15 anos e atualmente estava em um presídio em Tremembé, no interior de São Paulo. O alvará já foi cumprido e Anna Carolina Jatobá estava liberada desde 18h.
Com a decisão, Jatobá deixou a Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, por volta das 19h45.
Jatobá progrediu ao regime semiaberto em 2017 e, desde então, era beneficiada com as saidinhas temporárias. As atividades fora do presídio, no entanto, eram discretas e raramente ela era vista nas ruas.
O Tribunal de Justiça não forneceu informações sobre a soltura de Jatobá, afirmando que o caso corre em segredo de Justiça. “O processo de execução da pena da Anna Carolina Jatobá tramita em segredo de justiça. Por isso, não podemos fornecer mais informações sobre o caso”, disse.
No regime aberto, o condenado cumpre pena fora da prisão e pode trabalhar durante o dia. À noite, deve se recolher em casa de albergado, ou seja, deve retornar para uma casa de hospedagem prisional coletiva, designada pela Justiça e que abriga presos que estão no mesmo regime.
O CRIME
O assassinato de Isabella Nardoni, crime de grande repercussão que chocou o país, completou 15 anos. O caso aconteceu na noite do dia 29 de março de 2008, quando a menina de apenas 5 anos foi asfixiada e jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento em São Paulo.
A investigação mostrou que não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. A menina foi agredida e, achando que estava morta, eles a arremessaram. A dupla foi condenada por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por ter alterado a cena do crime).
O pai, Alexandre Nardoni, foi condenado a mais de 30 anos de cadeia e a madrasta a 26 anos de prisão. O casal sempre negou a acusação.
Nardoni atualmente cumpre pena no regime semiaberto. O regime mais brando dá direito a ele às saidinhas temporárias, benefício usado como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional.