Vereador pede cassação do mandato de Shimoguiri: ‘Prefeito causa vergonha na população’

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Com um só voto contrário, Câmara de Vereadores de Três Barras aceitou a denúncia oferecida e vai instaurar processo.

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Em sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Três Barras nesta segunda-feira (10), o vereador Willian Hamilton Machado de Lima (CIDADANIA) ofereceu denúncia, por infrações político-administrativas, contra o prefeito Luiz Divonsir Shimoguiri, e por consequência que se proceda com a instauração de processo para a cassação de seu mandato.

Por quase unanimidade – a vereadora Mara Carla Shimoguiri foi contrária – os vereadores votaram por receber a denúncia e na mesma sessão foi sorteado os membros da comissão processante, ficando composta pelos vereadores Gerson Luis Lescovitz, Daniele Krailing e Josecleia Maria de Souza Simas Gazaniga.

Em seu pedido, o vereador Willian de Lima elencou todos os fatos que levaram Shimoguiri à prisão e argumentou que “as condutas criminosas, ilegais, imorais, indecorosas e antiéticas feriram a dignidade inerente ao cargo, que, além de lesar o erário, deixaram uma marca negativa na honra e credibilidade do município, causando vergonha e revolta na população“.

Vereador Willian Hamilton Machado de Lima, autor do pedido para cassação do prefeito Luiz Shimoguiri — Foto: Reprodução/Câmara de Vereadores de Três Barras

De Lima ainda expõe que por conta das condutas ilícitas, o chefe do Executivo tresbarrense negligenciou os interesses do município a fim de satisfazer interesse próprio e alheio.

Shimogui está preso desde em abril deste ano quando foi deflagrada a na 4ª fase da Operação Mensageiro, tendo em vista seu suposto envolvimento em um vultuoso esquema de corrupção. Em maio, teve pedido liminar em habeas corpus negado pelo Ministro Jesuíno Rissato, desembargador convocado do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios). Atualmente, o prefeito de Três Barras está ‘recolhido‘ na Penitenciária Industrial de Joinville.

De acordo com o levantado pelas investigações do GAECO, na atual gestão, Luiz Shimoguiri já teria recebido pelo menos R$ 805 mil reais em propina, em contratos que somam incríveis R$ 6 milhões. O valor mensal recebido a título de propina era diferenciado: um valor era relativo a coleta de lixo (Serrana) e outro de contratação de águas (Samasa).

As entregas dos valores ilícitos, segundo o Ministério Público, ocorriam em Três Barras, em Canoinhas, na rodovia SC-120, sentido à BR-280, e até na casa da mãe do prefeito.

Na manhã desta terça-feira (11), a comissão processante deverá se reunir para decidir sobre os cargos de presidente e relator do processo de cassação de Luiz Divonsir Shimoguiri.