A dona de casa Quezia Romualdo, de 29 anos, descobriu a gravidez no dia 11 de maio de 2023, dois dias antes do Dia da Mães. Quando foi fazer o primeira ultrassom do bebê, levou um susto:
“Quando a médica começou a fazer o exame, eu vi dois bebês. Mas aí a médica começou a falar: ‘peraí que eu tô vendo mais um aqui, e tem outro, e mais um’. Eu comecei a ficar nervosa, tremendo. Só conseguia pensar: ‘tá de brincadeira né?'”, contou Quezia.
A dona de casa e o marido, o marceneiro Magdiel Costa, de 31 anos, são casados há 9 anos e já são pais de uma menina de quatro anos. Os dois ficaram surpresos com a notícia.
Magdiel disse que chegou a passar mal ao descobrir que seria pai de mais seis crianças.
“Quando começou o exame, eu já tinha visto uns três ali. Mas aí a médica falou: ‘calma que tem mais’. Aí ela começou a contar: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Na hora que ela falou seis eu até passei um pouco mal. Saí da sala, depois voltei e perguntei se ela tinha certeza. Depois a médica colocou pra gente ouvir todos os 6 coraçõezinhos , um por um”, relatou Magdiel.
Quezia completou 27 semanas de gestação neste sábado (30) e estava internada desde o dia 05 de setembro.
Os sêxtuplos Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá nasceram em 10 minutos às 17h10 deste domingo (1º) em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. A mãe estava com falta de ar e contrações e passou por cirurgia cesariana em um hospital da cidade.
O nascimento dos bebês durou 10 minutos e envolveu uma verdadeira força-tarefa, que já estava preparada para o parto: 32 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, anestesistas e pediatras, trouxeram os bebês ao mundo.
Quezia engravidou naturalmente de sêxtuplos. Segundo a Medicina, a gestação é considerada rara e de altíssimo risco.
“A gravidez de múltiplos, de gêmeos, é sempre gravidez de alto risco. No caso de uma gestação de sêxtuplos, ainda mais sem fertilização, é considerada muito rara e de altíssimo risco. Tem que ter um cuidado a mais. A gente fica com mais receio”, disse o médico Thiago Martinelli.
“Há o risco de desenvolver pré-eclâmpsia, diabetes, entre outros problemas para a mãe. Para o feto, eles podem desenvolver problemas específicos, como, por exemplo, discrepância de crescimento entre um bebê e outro, comprometimento de uma placenta e outra, diferença no fluxo de sangue, entre outros problemas…”, explicou o médico.
Segundo o hospital São Bernardo Apart, a mãe ficará em observação na UTI. Os bebês foram encaminhados para a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN), onde devem permanecer por alguns meses, até ganharem peso suficiente para ir para casa.