Provas colhidas pela Polícia Federal (PF) e apresentadas em relatório divulgado nesta terça-feira (19) indicam que Mauro Cid acessou o ConectSUS do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e imprimiu certificado falso de vacinação contra a Covid-19 no Palácio da Alvorada, em dezembro de 2022, a mando do ex-chefe do Executivo.
“Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que JAIR MESSIAS BOLSONARO agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha. Não há nos autos, elementos que indiquem que MAURO CESAR CID, AILTON BARROS e JOÃO CARLOS BRECHA se uniram em unidade de desígnios para inserir os dados falsos à revelia do então Presidente da República JAIR BOLSONARO“, aponta o documento da PF.
Os dois foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos.
O indiciamento não significa que os citados são culpados e serão punidos, mas, sim, que a polícia encontrou elementos que apontam responsáveis pelo crime.
Com o indiciamento, a investigação da PF será encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresenta, ou não, denúncia contra os envolvidos.