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Presidiários do Paraná auxiliam na reconstrução de cidade devastada por tornado

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Cerca de 100 presidiários de diversas unidades do estado atuam na limpeza e produção de equipamentos para Rio Bonito do Iguaçu, sob o programa “Mãos Amigas”.

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Cerca de 100 presidiários do Paraná estão engajados nos esforços de reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu, município do centro-sul do estado severamente atingido por um tornado. O grupo se soma a centenas de voluntários de diversas regiões que vieram prestar auxílio à cidade.

Segundo dados do Governo do Estado, 89 detentos foram enviados diretamente ao município para atuar na remoção de entulhos, recuperação de estruturas danificadas e na organização e separação de doações recebidas.

Trabalho dentro e fora da prisão

A ação é coordenada e supervisionada pela Polícia Penal do Paraná (PP-PR) e se divide entre o trabalho de campo e a produção interna.

Presos custodiados em unidades de Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa e Cascavel estão atuando na linha de frente da reconstrução, atendendo locais prioritários como Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), escolas, a sede da prefeitura, o batalhão da Polícia Militar (PM) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Paralelamente, pelo menos outros seis detentos estão produzindo equipamentos dentro do Complexo Penal de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Capacitados em solda e parte elétrica, eles construíram cinco carrinhos de mão que, de acordo com o governo, são 50% mais resistentes que os modelos convencionais, cruciais para o transporte de materiais pesados e a remoção de entulhos. Há, ainda, pessoas privadas de liberdade produzindo uniformes para a equipe de campo.

Reabertura do CMEI e remição de pena

Nesta quarta-feira (19), um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) que recebeu a mão de obra prisional e voluntária foi reaberto.

Embora o reinício das aulas ainda não esteja previsto, o local funcionará para que os pais possam deixar seus filhos na creche durante o dia, permitindo que as famílias se dediquem à reconstrução de suas casas e à retomada das atividades.

O trabalho das pessoas privadas de liberdade é regido pelo programa “Mãos Amigas”, uma iniciativa do Governo do Paraná que já era utilizada na manutenção de colégios estaduais antes dos tornados que atingiram a região no dia 7 de novembro.

Pelo regulamento do programa, a cada três dias trabalhados, um dia é abatido da pena do detento. Em 2025, o “Mãos Amigas” já havia atendido 427 unidades escolares, com mais de dois mil serviços realizados, demonstrando a eficácia do uso do trabalho prisional em projetos sociais e de utilidade pública.

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