Na casa do prefeito e do filho dele, foram encontrados cerca de R$ 321 mil em dinheiro. Foto: Polícia Civil/Reprodução |
O prefeito de Major Vieira, Orildo Antônio Severgnini, é alvo da operação \”Et pater filium\’ e suspeito de participar de esquema para direcionar licitações da administração municipal em troca de pagamentos ilícitos.
A assessoria de Severgnini disse na manhã desta sexta-feira (7) que o prefeito \’provará a inocência no momento certo\’. Sobre o dinheiro encontrado na casa dele e do filho, o político disse que é fruto de suas economias.
Sobre o Conselho Executivo da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) pedir seu afastamento do cargo de presidente da entidade, Severginini disse que irá permanecer na função e que já marcou uma reunião com o Conselho para a próxima terça feira (11).
Depois que a operação veio à tona, Severgnini pouco apareceu em ações da FECAM, tanto que o vice-presidente Paulo Weiss vem desempenhando as funções executivas da entidade.
Weiss, que é o prefeito de Rodeio, deverá ser confirmado na presidência caso seja consumado o afastamento de Severgnini no decorrer das investigações.
OPERAÇÃO \”ET PATER FILIUM\’ (pai e filho, em latim)
A Prefeitura de Major Vieira foi alvo de investigação que apura existência de organização criminosa, em uma ação desencadeada pelo Ministério Público e Polícia Civil no último dia 31 de julho.
Na casa do prefeito e do filho dele, foram encontrados cerca de R$ 321 mil em dinheiro. Foram apreendidos ainda na operação documentos, cópias de processos licitatórios, dispositivos eletrônicos e cheques.
Segundo o MPSC, a investigação demonstra a ligação próxima entre empresários e funcionários públicos para fraudar contratações da prefeitura. A suspeita é de que empresas parceiras tenham sido favorecidas nas licitações em troca de vantagens aos agentes públicos.