A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda (10), um jovem de 19 anos suspeito de planejar um ataque a alunos de uma escola e de aliciar adolescentes pela internet para cometer as ações.
Ele foi preso ainda no início da manhã, e estava dormindo quando foi abordado e detido pelos policiais. O jovem mora na mesma região onde está localizada a unidade de ensino
O homem já havia sido preso em março de 2020, às vésperas de um ataque arquitetado por ele. Na época, ele alegou insanidade mental e foi solto para fazer tratamento.
Segundo a polícia, o planejamento do ataque foi descoberto pela área de inteligência do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da polícia. A partir da informação, agentes conseguiram acessar trocas de mensagens do suspeito em uma rede social.
“Os conteúdos dos textos permitiram a obtenção de quebra de sigilo o que contribuiu para coleta de mais provas que foram remetidas à Justiça. A partir de então, foram expedidos mandados de busca e apreensão e de prisão contra o rapaz”, destacou a polícia em nota.
Também foi apreendido o celular que ele usava no planejamento do ataque.
De acordo com a polícia, o suspeito homenageava o autor do massacre de sete pessoas em uma escola estadual em Suzano, ocorrido em março de 2019: o suspeito usava a foto do assassino para ilustrar uma de suas redes sociais e criou um e-mail com o nome dele.
De acordo com a delegada da Polícia Civil, Naiara Caetano, “as conversas tratavam de como adquirir armas, a intenção de que gostaria mesmo de cometer um massacre”.
Ao ser interrogado hoje pela manhã, ele admitiu sem qualquer constrangimento que a intenção era cometer uma série de assassinatos. Um investigador relatou que o jovem passou detalhes de como cometeria os crimes “como se estivesse passando uma receita de bolo”.
A Polícia Civil continua as investigações para identificar e prender outros envolvidos no esquema criminoso.
A prisão do jovem em São Paulo acontece seis dias após o ataque a uma creche de Saudades, em Santa Catarina.
Na ocasião, o criminoso Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, invadiu o local e, usando um facão, matou duas funcionárias (professora e agente de educação) e mais três crianças.












