Um garoto, de apenas 13 morreu, morreu em decorrência da Covid-19, após passar quatro anos pintando quadros para conseguir juntar dinheiro e custear tratamento médico.
Daniel Neves, era natural de Guanambi, no sudoeste da Bahia, e foi diagnosticado com rins policísticos e fibrose hepática quando tinha oito meses de vida. Ele pintava quadros para pagar o tratamento médico referente aos problemas nos rins. A informação de sua morte foi divulgada nesta quarta-feira (19), por meio de uma rede social de Daniel.
Conforme escrito na publicação, Daniel morreu na tarde de terça-feira (18), após passar 13 dias internado, por causa da Covid-19. Ainda segundo a publicação, ele estava com a saúde frágil.
Cleide era comerciante, mas largou o trabalho para cuidar do filho. “Com oito meses, ele foi diagnosticado com rins policísticos e fibrose hepática. A gente ficou fazendo acompanhamento, investigando, e aí passaram oito anos quando, em 2015, os rins pararam e ele teve que fazer hemodiálise”, conta.
Com Cleide sem trabalhar, ela, Daniel e a irmã do menino, que tem 15 anos, viviam do Benefício de Prestação Continuada (LOAS) que todo portador de doença crônica renal tem direito, no valor de um salário mínimo, além de ajuda da prefeitura de Guanambi e de familiares.
Por ter rins policísticos e fibrose hepática, Daniel deixou Guanambi e mudou-se para a capital baiana, em novembro de 2017. Em dezembro do mesmo ano, ele realizou uma exposição, em Salvador, com quadros que pintava, com objetivo de arrecadar fundos para cobrir os gastos de uma cirurgia de transplante de rins.
Daniel começou a pintar os quadros quando estava internado, depois que uma prima comprou telas de pintura. Além dos quadros, uma campanha de arrecadação online foi feita, para ajudar o garoto. Um livro contando a história dele estava em pré-venda, e o dinheiro seria usado também no tratamento.