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Santa Catarina registra primeiro caso da linhagem da BA.2 da Ômicron

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A subvariante tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas contra a covid-19.

A Fiocruz identificou, a partir da técnica de sequenciamento genético, mais dois casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron, um no estado do Rio de Janeiro e outro no de Santa Catarina (Florianópolis).

Com isso, o Brasil tem, até o momento, cinco casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde (MS). A informação foi divulgada neste sábado (5).

O diagnóstico inicial foi feito pelos laboratórios dos estados por meio do exame RT-qPCR. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz para a realização do sequenciamento genômico, o que confirmou a presença da subvariante BA.2.

Os resultados finais foram informados às secretarias de Saúde dos dois estados e ao Ministério da Saúde, de acordo com os protocolos de referência. Segundo a Fiocruz, a nova linhagem é mais contagiosa e tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas contra a covid-19, mas ainda é desconhecido se ela é mais perigosa.

Em balanço semanal sobre a transmissão do coronavírus pelo mundo divulgado na última quarta-feira (2), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a linhagem BA.2 da Ômicron já foi confirmada em 57 países e, nas últimas semanas, a presença dela subiu 50% em vários deles.

Subvariante BA.2 da Ômicron

Após a chegada da ômicron, houve um aumento expressivo de novos casos de covid-19 pelo mundo todo. Agora, os cientistas descobriram uma subvariante chamada BA.2, que começou a substituir a variante “original” BA.1.

Isso ocorre porque, à medida que os vírus se transformam em novas variantes, às vezes, eles se dividem ou se ramificam em sub-linhagens. A variante delta, por exemplo, é composta por 200 subvariantes diferentes.

O mesmo movimento ocorreu com a ômicron, que inclui as linhagens BA.1, BA.2, BA.3 e B.1.1.529. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a BA.1 corresponde pela maioria dos casos até o momento, presente em quase 99% das amostras de DNA viral submetidas ao banco de dados global.

Tal como acontece com outras variantes, uma infecção por BA.2 pode ser detectada por testes PCR e antígeno, mas eles só indicam se o caso é positivo ou negativo para covid —não conseguem distinguir as variantes. Para isso, são necessárias mais verificações.

A BA.2 é mais transmissível? Até o momento, sim.

Um estudo conduzido pelo Instituto Estatal Serum da Dinamarca descobriu que BA.2 era “significativamente” mais transmissível do que BA.1. Ela infectou com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço do que as variantes anteriores, segundo o estudo, embora as pessoas vacinadas tenham mostrado menos probabilidade de transmiti-la.

A BA.2 é mais perigosa? Ainda não há dados que sugiram que BA.2 leve a uma doença mais grave do que as subvariantes anteriores da ômicron.