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Um homem que é líder religioso de uma igreja na Comarca de São Miguel do Oeste foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável, com as qualificadoras de possuir autoridade sobre a menina como pastor e de violência doméstica.
Os pais da menina, que consentiam com os abusos em troca de favores financeiros do acusado, também foram responsabilizados. A mãe foi condenada a 11 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, e o pai, a sete anos de reclusão em regime semiaberto, ambos por induzirem ela à exploração sexual.
Os fatos ocorreram entre 2022 e 2023, entre os 11 e 12 anos da menina. Em março deste ano, dois dos envolvidos foram presos em flagrante, após diversas diligências da Polícia Civil, que passou a acompanhar a movimentação na residência depois de receber uma denúncia de populares que estranhavam a presença constante do pastor na casa e o fato de a menina não frequentar a escola.
A Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes destaca a importância da punição e da denúncia de casos como este.
“É gravíssimo o abuso da confiança depositada pela atuação religiosa para a prática de crimes. Condutas como essa devem ser rigorosamente punidas e quem tiver conhecimento de práticas similares deve procurar as autoridades e denunciar, mesmo que de forma anônima”, reitera.
Além das penas, os acusados foram condenados ao pagamento de danos morais à vítima, sendo R$ 50 mil a serem pagos pelo pastor e R$ 10 mil pelos pais da menina. Os três, que estão presos desde março, tiveram a prisão preventiva mantida.
A decisão é passível de recurso.




























