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Na manhã desta sexta-feira (26), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou a operação “Limpeza Urbana”, que visa desarticular condutas ilícitas ocorridas no âmbito da Administração Pública na pequena cidade de Ponte Alta do Norte, de 3,2 mil habitantes no Meio-Oeste catarinense.
A investigação, realizada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, pelo GAECO e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), apura os crimes de associação criminosa, corrupção passiva e concussão, orquestrados e supostamente praticados por agentes políticos e particulares do município.
A ação, que busca cumprir quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão expedidos, teve como um dos alvos o prefeito da cidade, Ari Bagúio (PL). Ele foi preso em Florianópolis e, além dele, dois filhos e um secretário municipal são investigados.
Veja o passo a passo do suposto esquema:
- Pessoas interessadas em prestar serviço de limpeza urbana no município eram direcionadas pelos agentes públicos investigados para que contratassem escritórios de contabilidade previamente determinados;
- era imposta a contrapartida ilícita de pagamento de 10% dos valores que eles recebiam do município, pagos a título de vantagem indevida mensal;
- a conduta faria com que parte do dinheiro pago pelo município aos contratados para limpar a cidade voltasse para os próprios agentes púbicos investigados, ocasionando enriquecimento ilícito, que se aproxima do valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
A operação conta com a participação de cinco Promotores de Justiça, 20 policiais e 10 viaturas, e tem o apoio da Polícia Científica. A investigação segue em sigilo.
A prisão de Bagúio é a segunda de um prefeito de município catarinense nesta semana. Na quarta-feira (24), o chefe do Executivo de Barra Velha, Douglas Elias Costa (PL), também foi detido em outra operação do Gaeco que apura corrupção e fraudes em licitações.






























