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Píton encontrada em portão de casa em SC não pode ser devolvida à natureza

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A espécie não existe no Brasil. A soltura dela na natureza poderia prejudicar o equilíbrio entre os animais da região.

píton-indiana albina resgatada em Indaial, no Vale do Itajaí, na frente do portão de uma casa não vai ser devolvida à natureza. O réptil permanecerá no zoológico Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, em Balneário Camboriú, a cerca de 87 quilômetros de Indaial, onde já pode ser visto.

A serpente foi resgatada em 1º de janeiro pelos bombeiro voluntários, e acredita-se que ela estava em cativeiro. Dois dias depois foi enviada ao zoológico, onde foi avaliada por veterinários. O animal pesa 11 quilos e mede 3 metros. A serpente é um macho é foi chamada de Oliver.

O IMA confirmou que a espécie é exótica no Brasil, originária do continente asiático. É possível ter essa píton em casa, mediante aquisição em local autorizado.

A pessoa precisa ter nota fiscal, documento de origem emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o animal tem que estar microchipado. Ninguém apareceu para reclamar a posse da serpente.

Por que a píton não pode voltar à natureza?

A espécie, de nome científico Python molurus, é de origem asiática, não existe no Brasil. A soltura dela na natureza poderia prejudicar o equilíbrio entre os animais da região.

Píton-indiana albina Oliver no zoológico em Balneário Camboriú — Foto: Márcia Gonçalves Achutti/Divulgação

“Assim que chegou, passou pela veterinária e bióloga, que fizeram exames para averiguar a saúde e biometria”, explicou a bióloga Márcia Regina do Nascimento Gonçalves Achutti, responsável pelo zoológico.

“O controle de uma população se dá, por exemplo, pela disponibilidade de alimento e pela existência do predador natural. Uma espécie que é solta sem ser daquele local pode se multiplicar indiscriminadamente, tanto por não ter o predador natural, quanto por se alimentar de qualquer coisa”, explicou a gerente de Biodiversidade e Florestas do Instituto do Meio Ambiente, Ana Veronica Cimardi.

“Se uma população cresce sem controle, ela vai dominar aquele ambiente. E isso faz com que as espécies locais fiquem sem comida, por exemplo, ou mesmo sirvam de alimento para o animal exótico”, completou.

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