Frentes de esquerda que abrigam sindicatos e movimentos sociais anunciaram que irão realizar, no dia 23 de março, manifestações nas 27 capitais para defender a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O anúncio da manifestação ocorreu ontem, dois dias após o ex-presidente reunir centenas de milhares de pessoas na Avenida Paulista e defender uma anistia para golpistas presos pelos atos de 8 de Janeiro.
As manifestações serão organizadas pelos movimentos de esquerda FPSM (Frente Povo Sem Medo) e Frente Brasil Popular. Ontem, os coletivos se reuniram com representantes do PT, PCdoB e PSOL e líderes de movimentos sociais para definir a data do ato.
As manifestações irão acontecer em todas as 27 capitais do país, mas deve haver um esforço de mobilização reforçado em São Paulo e em Salvador.
Ao Estadão, lideranças de esquerda que participaram da reunião disseram que a capital paulista será privilegiada pelo seu histórico de manifestações e pelo resultado obtido por Bolsonaro no último domingo.
A metrópole baiana, por sua vez, será privilegiada por ser a maior cidade do Nordeste e um dos principais redutos eleitorais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ato contará com carta pedindo as prisões do ex-presidente e de aliados
Durante o ato, está prevista a leitura de uma carta onde será defendida a prisão de Bolsonaro e dos seus aliados que também foram alvos da operação da Polícia Federal.
Ao Estadão, o coordenador geral do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Rud Rafael, que integra a Frente Brasil Sem Medo, disse que os setores da esquerda que irão participar da manifestação consideram que as provas já coletadas pela PF sustentariam a privação de liberdade do ex-chefe do Executivo.




























