Renato e Aline Openkoski, pais do menino Jonatas, que faleceu em 2021 em decorrência da Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram presos nesta quarta-feira (22) em Joinville, no Norte de Santa Catarina. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
O casal havia sido condenado pela Justiça por estelionato e apropriação de bens após desviar parte dos cerca de R$ 3 milhões arrecadados na campanha “AME Jonatas”, destinada ao tratamento do filho. Segundo as investigações, o dinheiro foi utilizado para fins pessoais, como compra de carro, academia e roupas.
Em janeiro de 2021, Jonatas faleceu aos 5 anos de idade. Em outubro de 2022, após a condenação, Renato e Aline se tornaram foragidos da Justiça. Eles foram encontrados nesta quarta-feira escondidos em um imóvel no bairro Morro do Meio, em Joinville.
O advogado do casal, Emanuel Stopassola, afirmou que a defesa “utilizará todos os meios legais para garantir o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os recursos cabíveis”.
A Justiça havia bloqueado os valores da campanha, cerca de R$ 3 milhões, e um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais de Jonatas.
Renato Openkoski cumprirá 38 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado; e Aline, 22 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão.
O caso
A campanha “AME Jonatas” foi lançada em 2017 para arrecadar fundos para o tratamento de Jonatas com o medicamento Zolgensma, considerado o mais caro do mundo na época. A iniciativa mobilizou a comunidade e conseguiu alcançar a quantia necessária.
No entanto, em 2020, surgiram denúncias de que o casal estava utilizando o dinheiro para fins pessoais. As investigações confirmaram as suspeitas e levaram à condenação dos pais por estelionato e apropriação de bens.
