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Funcionário que denunciou agressão à aluna da APAE é demitido

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O homem trabalhava na Apae há 28 anos e está abalado com a demissão. A Apae não informou o motivo do desligamento.

O funcionário que denunciou a agressão contra uma jovem com síndrome de down na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, na região central do Paraná, foi demitido pela instituição.

O homem, que não teve o nome divulgado, fez a denúncia diretamente para a família da vítima, que a partir disso, abriu boletim de ocorrência na Polícia Civil (PC-PR).

A investigação sobre a agressão foi concluída em 5 de junho e terminou com o indiciamento da professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski, por maus-tratos e violência arbitrária. A vítima, de 19 anos, não se comunica com palavras.

A agressão foi gravada em 15 de maio por uma câmera de segurança da instituição, mas só chegou ao conhecimento dos pais em 23 de maio, uma semana depois.

De acordo com o delegado Rafael Rybandt, o funcionário demitido foi ouvido durante as investigações, colaborou com a polícia e não era investigado. Ainda conforme o delegado, nas investigações, ele afirmou ter denunciado o caso diretamente aos pais por medo de represálias na instituição.

O funcionário demitido não quis gravar entrevista, mas familiares dele afirmaram ao g1 que o homem trabalhava na Apae há 28 anos e está abalado com a demissão, que aconteceu na segunda-feira (10).

Em nota, a defesa da Apae não informou o motivo do desligamento e disse que a reformulação no quadro de colaboradores é “prerrogativa administrativa da equipe diretiva, a qual não irá se manifestar publicamente sobre o assunto”.

Na mesma nota, a defesa da Apae também disse que demitiu um outro funcionário, que foi indiciado pela polícia junto da professora investigada.

O indiciamento dele foi por corrupção passiva privilegiada, porque soube do caso e não denunciou. O suspeito não teve o nome oficialmente divulgado.

O indiciamento de Cleonice e do funcionário indiciado foi reportado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode, ou não oferecer denúncia contra eles à Justiça.

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