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“Homem muito agradável”: Trump elogia Lula e prevê encontro em breve

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Durante discurso na Assembleia da ONU, líder norte-americano chamou Lula de “homem muito agradável” e disse ter tido “química excelente” em breve conversa.

Agência Brasil — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana. Ele teceu elogios ao chefe de Estado brasileiro chamando-o de “homem muito agradável”, com quem teve “uma química excelente” durante breve encontro. Eduardo Bolsonaro diz que fala de Trump sobre Lula e Brasil mostra ‘genialidade’ do americano como negociador (leia mais abaixo).

Trump discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas logo depois do presidente Lula. Tradicionalmente, o presidente do Brasil faz o discurso de abertura das assembleias anuais da ONU. 

O presidente norte-americano disse que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países são uma questão de defesa da soberania e da segurança de seu país contra aqueles que “tiraram vantagens por décadas” durante os governos que o antecederam.

“Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Nós concordamos que devemos nos encontrar na próxima semana. Foram cerca de 20 segundos. Conversamos e concordamos em conversar na próxima semana”, disse o presidente norte-americano.

Trump acrescentou que Lula “parece ser um homem muito agradável”.

“Eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto. Mas tivemos, ali, esses 30 segundos. Foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal.”

Na avaliação do presidente norte-americano, o Brasil tarifou os EUA “de uma forma muito injusta”, o que levou seu país a aplicar, de volta, as tarifas de 50% contra alguns produtos brasileiros.

“Fiz isso porque, como presidente, eu defendo a soberania e os direitos de cidadãos americanos”.

O Brasil, segundo Trump, estaria “indo mal” ao cobrar “tarifas imensas e injustas” dos produtos norte-americanos, além de interferir nos direitos e na liberdade de cidadãos americanos e de outros países “com censura, repressão, e com o uso do sistema judicial como arma”.

Na sequência, Trump acenou que o Brasil poderá “se dar bem” caso trabalhe de forma conjunta com os EUA. “Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam”, acrescentou.

Desde julho, o governo dos Estados Unidos vem em uma ofensiva taxando produtos brasileiros e tentando interferir nas decisões do Judiciário.

O governo brasileiro respondeu afirmando que os Estados Unidos tiveram um superávit junto ao Brasil, nos últimos 15 anos, de mais de US$ 400 bilhões – o que não justificaria a imposição de novas taxas. 

Em carta, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou que haja censura no Brasil e disse que as decisões da Corte buscam proteger a liberdade de expressão.

Ele afirmou ainda que a tarifa de 50% imposta pelo presidente Trump aos produtos brasileiros teve como fundamento uma “compreensão imprecisa dos fatos”. 

Eduardo Bolsonaro diz que fala de Trump sobre Lula e Brasil mostra ‘genialidade’ do americano como negociador

Para filho de Jair Bolsonaro, os elogios fazem parte das “estratégias de negociação” do norte-americano e “nada do que aconteceu foi surpresa” e norte-americano vai dialogar com presidente do Brasil, na próxima semana, em uma ‘posição mais confortável.

Segundo Trump, ele e o petista marcaram um encontro na próxima semana para debater as retaliações que os EUA vêm aplicando ao Brasil em reação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump declarou ainda que o Brasil vai mal sem os EUA.

“Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações”, disse.

“Depois disso, sorriu e mostra-se aberto a dialogar em uma posição infinitamente mais confortável, fiel àquilo que sempre defendeu: os interesses dos americanos em primeiro lugar. É a marca registrada de Trump: firmeza estratégica combinada com inteligência política. Por isso, longe de causar espanto, sua postura reafirma, mais uma vez, sua genialidade como negociador”, acrescentou Eduardo Bolsonaro.

O deputado – que está nos Estados Unidos e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em razão de sua atuação contra o Brasil e o processo contra o seu pai no STF – disse ainda que Trump entra na mesa de negociações “quando quer, da forma que quer e na posição que quer”.

E que líderes como Lula assistem às ações de Trump “impotentes” e incapazes de influenciar “o jogo global”.

Para Eduardo, Lula tem a obrigação de “aproveitar a rara oportunidade de se sentar com Trump” com a “difícil missão de extrair algo positivo” da conversa.

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