Santa Catarina tem a maior proporção de lares no país onde a alimentação é garantida. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNADC/A) de 2024, divulgada pelo IBGE no último dia 10 de outubro.
O estado conquistou o topo do ranking de Segurança Alimentar, um conceito que significa que as famílias têm acesso permanente a comida em quantidade suficiente, nutritiva e sem restrições por falta de dinheiro.
Com 90,6% dos domicílios nessa situação, Santa Catarina fica à frente de:
- Espírito Santo: 86,5%
- Rio Grande do Sul: 85,2%
- Paraná: 84,7%
- Goiás: 82,1%
A média nacional de domicílios com segurança alimentar ficou em 75,8%.
Emprego e Políticas Públicas explicam o resultado
O Governo do Estado atribui o excelente desempenho à união de fatores, como o bom momento da economia e as políticas públicas.
O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, destacou que os números refletem o perfil trabalhador do catarinense e a atuação do governo.
“Os resultados demonstram, na prática, como a população é impactada por políticas públicas que alavancam a qualidade de vida. Santa Catarina já tem a menor taxa de desemprego do país e o segundo maior rendimento do trabalhador. Isso, somado a programas de merenda escolar e outras ações de apoio, garante a qualidade de vida”, afirmou.
A secretária de Assistência Social, Mulher e Família, Adeliana Dal Pont, reforça a importância da integração entre as áreas do governo:
“Temos agricultura forte e diversificada, projetos sociais e índices positivos de emprego. Quem tem carteira assinada e renda estável tem condições de escolher o que consumir e sustentar a família com dignidade”, explicou a secretária.
A Comida na mesa depende de vários setores
Juliana Rocha Pires, coordenadora de Segurança Alimentar de Santa Catarina, explica que ter acesso a comida de qualidade é um esforço conjunto, que envolve Saúde, Educação, Assistência Social e, principalmente, a Agricultura.
No setor agrícola, a prioridade é fortalecer a produção de forma sustentável, com incentivo a orgânicos e redução de agrotóxicos. “Essas ações não apenas garantem alimentos mais saudáveis, mas também fortalecem a economia local e valorizam o trabalho no campo”, concluiu.
O que é Insegurança Alimentar?
O IBGE considera em Insegurança Alimentar os lares onde, nos últimos três meses, os moradores relataram ter medo ou precisaram reduzir a qualidade e/ou a quantidade de comida por falta de dinheiro.
A classificação varia de leve (preocupação) a grave (quando a fome chega a ser uma realidade no domicílio).