Um incidente alarmante foi registrado em Balneário Camboriú no último domingo (27), quando um menino de apenas 4 anos sofreu ferimentos no rosto após ser atingido por uma linha de pipa com cerol.
O caso foi divulgado pela mãe da criança, Mariane Rodrigues, que usou as redes sociais para alertar sobre o perigo e a ilegalidade da prática.
Mariane relatou que seu filho brincava de bicicleta em uma praça no bairro Municípios quando foi atingido pela linha cortante. O menino sofreu cortes abaixo e entre os olhos e precisou de pontos.
“Ele estava brincando com outras crianças quando a linha de uma pipa caiu em cima deles. Meu filho foi atingido no rosto e teve um corte profundo no nariz e uns arranhões perto dos dois olhinhos. Por um triz não pega no olhinho e ele poderia perder a visão”, desabafou Mariane.
A mãe também mencionou que outras crianças se machucaram no mesmo incidente, embora não tenha detalhado a extensão dos ferimentos. Adolescentes que empinavam as pipas teriam deixado o local rapidamente após o ocorrido.
Perigo constante e legislação vigente
O uso de cerol, uma mistura de cola e vidro moído aplicada em linhas de pipa, é uma prática perigosa e proibida que anualmente causa inúmeros acidentes, muitos deles graves e até fatais.
Em Santa Catarina, a lei estadual 11.698, de 8 de janeiro de 2001, proíbe expressamente a “utilização de pipas ou similares equipadas com instrumentos cortantes e com linhas preparadas à base de produtos cortantes”.
No âmbito nacional, tramita o Projeto de Lei (PL) 402/11, que busca coibir a fabricação, comercialização e uso de linhas cortantes em pipas e brinquedos semelhantes, prevendo penas de detenção e multas para os infratores.