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Padre é indiciado por crimes sexuais contra dez vítimas no Paraná

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Segundo a polícia, padre possui um “padrão de comportamento predatório” desde 2010, quando ainda era seminarista.

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A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito que investigava o padre Genivaldo de Oliveira, de Cascavel, no oeste do Paraná, por suspeita de estupro de vulnerável e uma série de outros crimes.

A investigação, iniciada em 16 de junho deste ano, resultou na identificação de dez vítimas, incluindo uma criança que tinha apenas 12 anos na época dos fatos.

O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) informou que o padre foi indiciado por:

  • Violação Sexual de Vulnerável
  • Violação Sexual Mediante Fraude
  • Assédio Sexual
  • Importunação Sexual
  • Tráfico de Drogas
  • Curandeirismo

Segundo a delegada Thaís Zanatta, os crimes ocorreram ao longo de um extenso período, entre 2009 e 2025, sendo o caso mais recente há cerca de dois meses. A polícia apurou que a maioria das vítimas eram jovens envolvidos em atividades religiosas.

O inquérito revelou que o religioso possuía um “padrão de comportamento predatório” que remonta a 2010, quando ele ainda era seminarista e tentou abusar de outro colega.

A investigação detalhou a forma como o padre agia:

  • Ele atraía adolescentes em situação de vulnerabilidade social com ofertas de dinheiro, viagens, presentes e convites para pernoitar em sua casa.
  • Oferecia drogas às vítimas.
  • Atuava como terapeuta sem ter formação profissional.

Foi reconhecida a agravante de violação de dever religioso, pois os crimes foram cometidos enquanto ele exercia o ministério sacerdotal. Devido à gravidade e ao número de acusações, a soma das penas em caso de condenação pode ultrapassar 150 anos de prisão.

Prisão e próximos passos

O padre Genivaldo de Oliveira foi preso em 24 de agosto, após a polícia determinar que ele estava tentando entrar em contato de forma insistente com vítimas e testemunhas. Em 15 de setembro, foi transferido para o Complexo Médico Penal de Curitiba.

Ele já havia sido afastado das funções eclesiásticas pela Igreja Católica em 14 de agosto, após o surgimento das primeiras evidências dos casos de abuso.

No total, 11 pessoas foram ouvidas durante a investigação, o que permitiu identificar as dez vítimas.

O inquérito foi agora remetido ao Poder Judiciário, que fará a análise do caso para decidir sobre o início da ação penal. A defesa do padre informou que aguarda a manifestação do Ministério Público e que pretende apresentar provas para contestar o indiciamento.

Por envolver vítimas de abuso, incluindo menores de idade, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre as circunstâncias específicas dos crimes nem a identidade dos envolvidos.

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