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Mãe acusada de matar a filha para ficar com guarda do neto vai a júri no Paraná

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A acusada foi presa somente 17 anos depois do crime, em um município no interior do Paraná, usando um nome falso.

A Justiça determinou que Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, de 59 anos, vá a júri popular. Tânia é acusada de matar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para tentar ficar com a guarda do neto. A investigação contra Tânia aponta que ela sumiu logo após a morte de Andréa.

A previsão é de que o julgamento seja realizado em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba ainda neste ano. Em nota, a defesa de Tânia afirmou que ela é inocente das acusações e que vai recorrer para que ela tenha um “ambiente propício” para se defender.

O crime aconteceu em fevereiro de 2007. Tânia foi presa somente em maio deste ano, em uma casa em Marilândia do Sul, no norte do Paraná. A prisão aconteceu dois dias após o caso ganhar repercussão nacional ao ser exibido no programa Linha Direta, da TV Globo.

A Polícia Militar informou que Tânia vivia com um nome falso, se apresentando como Lurdes. Como tinha um mandado de prisão em aberto, foi detida e encaminhada para o Sistema Prisional de Apucarana, norte do Paraná.

Em junho deste ano, Everson Luís Cilian, de 54 anos, com quem Tânia era casada, foi julgado e condenado a 21 anos de prisão por envolvimento no crime.

O crime aconteceu em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Andréa, na época com apenas 21 anos, foi morta por asfixia, com um fio de telefone, após um almoço na casa da mãe e do padrasto, Everson Luís Cilian.

A motivação do crime, de acordo com o Ministério Público, seria a disputa pela guarda do neto de Tânia, filho de Andréa, um menino de 5 anos.

Na época, Tânia passou a cuidar do neto quando a filha sofreu um acidente de moto. Já recuperada, a mulher tentou reaver o filho diversas vezes, mas a avó se recusava a entregá-lo e entrou na Justiça para ter a guarda dele. A vítima precisou pegar o filho de volta à força.

Em nota, a defesa de Everson Cilian também afirmou que acredita na inocência dele e que segue aguardando o julgamento do recurso que entrou contra a decisão do tribunal do júri.


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