As famílias rurais podem fazer muito mais do que lavouras. Com treinamento e apoio, elas abrem as porteiras de suas propriedades para que o mundo conheça a vida lá dentro, com a rotina, os sabores, os costumes, a tranquilidade e a hospitalidade da vida no campo.
É com essa proposta que a Epagri ajuda agricultores, pescadores e maricultores catarinenses a se transformarem em empreendedores do turismo. A ideia é que as famílias consigam diversificar a renda oferecendo serviços, experiências e produtos de valor agregado aos visitantes.
Para fazer o turismo decolar na propriedade, a Epagri usa como ferramentas de apoio as Políticas Públicas e os Programas Governamentais. Elas permitem às famílias ter acesso ao crédito para investir no novo negócio, com condições facilitadas para pagar.
Esses recursos se transformam em agroindústrias familiares, chalés para hospedagem, cafés coloniais, reformas em espaços para receber melhor os turistas, entre outras benfeitorias.
Graças a esse trabalho, cada vez mais famílias rurais e da pesca estão preparadas para oferecer serviços como hospedagem, alimentação e entretenimento.
Ao mesmo tempo, Santa Catarina amplia a variedade de destinos onde os visitantes podem viver experiências totalmente diferentes de sua rotina, como colher frutas do pomar, recolher ovos no galinheiro, pintar bolachas, passear de trator pelas lavouras, tomar café no rancho, andar a cavalo e fazer piquenique debaixo dos parreirais.
A participação das mulheres, liderando a atividade e a tomada de decisões, é um ponto forte dentro do turismo rural. O empreendedorismo nesse setor acaba envolvendo todos os membros da família e estimula a participação dos jovens, especialmente na adoção de novas tecnologias.
Além disso, ver que a propriedade se transformou em um negócio de sucesso é o melhor estímulo para que a nova geração de empreendedores do turismo permaneça realizada no campo.
Empreendimento de turismo garante a permanência de família no meio rural
Um café colonial com capacidade para servir 80 pessoas, realizar casamentos, aniversários e receber grupos de excursões. Uma agroindústria que produz mais de 200 quilos de biscoito caseiro por mês.
Tudo isso funciona na propriedade rural da família Schafer, no interior de Ituporanga, município do Vale do Itajaí. A agricultora Solange, com ajuda da nora Marina, é quem comanda a Schuatz Produtos Coloniais – empreendimento “batizado” com o apelido do marido, Cedenir.
O empreendimento instalado na Capital Nacional da Cebola recebe visitantes de diversos municípios catarinenses. Eles vão saborear a famosa torta de cebola cremosa, além de pratos como torta de linguiça com cebola, cuca de linguiça, queijo, salame, torresmo e bolinho de batata, de milho e de aipim fritos na hora.
“Nas doçuras, temos bolo de aipim, toicinho do céu, bolo de amendoim, cuca, rocambole, bolo recheado, biscoitos, e também suco natural de frutas colhidas na propriedade”, conta Solange. Além de se deliciarem com os sabores da roça, os clientes ainda podem adquirir biscoitos caseiros.