Canoinhas voltou a figurar no centro de operações de combate ao crime organizado em Santa Catarina. A Delegacia de Investigação Criminal (DIC) do município participou ativamente da deflagração da operação “Reação Adversa”, coordenada pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais.
A ação ocorreu no início desta semana e teve alvos em Canoinhas, Jaraguá do Sul, Barra Velha (SC) e Catalão (GO).
A operação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso especializado na falsificação, adulteração e venda ilegal de medicamentos de alto custo e anabolizantes.
A investigação teve início após a denúncia de uma vítima que sofreu complicações graves após usar um medicamento para emagrecer falsificado (Ozempic). Exames indicaram que, na verdade, o medicamento enviado para ela era insulina.
Além disso, os investigados comercializavam anabolizantes, remédios abortivos e outros medicamentos não legalizados pela Legislação brasileira.
O grupo criminoso obtinha medicamentos vencidos, removia as datas de validade reais e adulterava-as para datas ainda válidas.
Uma gráfica participava na produção de caixas idênticas às originais dos medicamentos falsificados. A comercialização ocorria principalmente através de redes sociais, por preços abaixo dos valores praticados no mercado.
Com a operação, veículos de luxo e imóveis adquiridos com o lucro ilícito foram apreendidos e indisponibilizados para posterior reparação às vítimas.
Durante a operação, uma pessoa foi presa em cumprimento de mandado e também autuada em flagrante; outra foi detida em flagrante durante as diligências.
A Polícia Civil alerta que os medicamentos apreendidos não são seguros para consumo e pede que qualquer pessoa que tenha feito uso dos produtos, especialmente se apresentou sintomas adversos, procure imediatamente atendimento médico e registre boletim de ocorrência.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro da DEIC e das delegacias especializadas de Canoinhas e Campos Novos.
Os envolvidos podem responder por crimes como falsificação de medicamentos, associação criminosa, lavagem de dinheiro e até tentativa de homicídio com dolo eventual, dada a gravidade dos riscos à saúde pública envolvidos. As investigações continuam.