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Justiça condena empresa por obrigar funcionária a fazer a dança da garrafa

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A empresa se defendeu das acusações e disse que as brincadeiras são ‘incentivos comuns’ no seu ramo de atividade.

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A Justiça do Trabalho condenou uma empresa de telemarketing a pagar uma indenização de R$ 20 mil por danos morais a uma funcionária que era obrigada a passar por situações vexatórias quando não conseguia cumprir as metas de trabalho. A empresa ainda pode recorrer.

A Nacle Prestação de Serviços exigia, de acordo com o processo, que os operadores fizessem diversas danças na frente de colegas, incluindo incluindo a da música “Na boquinha na garrafa“, que se tornou nacionalmente conhecida nos anos 90 quando o grupo Gera Samba (posteriormente rebatizado para É o Tchan) passou a tocá-la em seus shows na Bahia.

A funcionária disse à Justiça ter sido obrigada também a imitar uma galinha diante de todo o departamento.

Na defesa apresentada à Justiça, a empresa afirmou que as acusações são absurdas e ilógicas e que não cometeu nenhum dano moral.

Disse que brincadeiras são incentivos comuns no seu ramo de atividade, mas que jamais aceitaria qualquer situação ofensiva ou pejorativa.

Declarou ainda que a supervisora não realizou as atitudes relatadas pela operadora.

A juíza Renata Orsi Bulgueroni, da 2ª Vara do Trabalho, afirmou que um vídeo juntado ao processo “é uma prova robusta do ambiente nocivo de trabalho ao qual a operadora era submetida”.

No vídeo podem-se ver empregados submetidos à humilhação de realizar diversas danças na frente de outros colegas, em situação vexatória e extremamente desagradável, além de totalmente descabida em um local de trabalho“, diz trecho da sentença.

A empresa ainda pode recorrer da decisão.

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