O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a reafirmar que a trajetória de queda do dólar observada nas últimas semanas irá contribuir para reduzir os preços dos alimentos e dos combustíveis.
O chefe da pasta econômica concedeu uma entrevista na manhã desta sexta-feira (7) à rádio Cidade de Caruaru (PE). Na última terça (4), Haddad já havia afirmado que espera redução no preço dos alimentos após o Banco Central indicar que alta inflação sobre os produtos alimentícios tende a se propagar para o médio prazo.
Além da queda do dólar, o ministro disse que a política de reajuste do salário mínimo e a atualização da isenção da tabela do Imposto de Renda vão melhorar o poder de compra da população e, consequentemente, contribuir para controlar os preços dos produtos alimentícios.
“A política que estamos adotando para trazer esse dólar para um patamar mais adequado vai ter reflexo nos preços nas próximas semanas”, afirmou o ministro.
Haddad também voltou a dizer que a super safra esperada para este ano deve contribuir para baratear os alimentos.
“O dólar estava R$ 6,10. Agora está R$ 5,80. Isso ajuda muito. Com ação do Banco Central e Ministério da Fazenda, essas variáveis econômicas se acomodam em outro patamar e isso certamente vai favorecer. Estou confiante de que a safra deste ano vai ser muito forte. Isso também vai ajudar”, disse Haddad.
Diante da alta nos preços, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que o brasileiro deixe de comprar produtos caros para pressionar a redução dos preços e ajudar a controlar a inflação.
Para além, determinou aos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que estudassem medidas para controlar os preços. Uma das possibilidades citadas pelos ministros é a redução de alíquotas de importação para produtos com preço no mercado internacional inferior ao registrado no mercado doméstico.