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Lula sugere que povo não compre alimentos caros para forçar queda de preços

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Em 2024, os preços dos alimentos subiram 7,69%, enquanto a inflação cresceu 4,83%. O aumento da carne chegou a 20,84%, a maior alta desde 2019.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (6) que os consumidores devem deixar de comprar produtos alimentícios com preços elevados como estratégia para pressionar uma redução nos valores.

A alta no custo da comida tem sido motivo de preocupação para o governo, mas, até o momento, nenhuma medida concreta foi anunciada para conter os aumentos. Entre as alternativas estudadas pelo Executivo está a redução das alíquotas de importação para determinados itens.

Lula destacou que o aumento da massa salarial e do salário mínimo não deve ser justificativa para comerciantes elevarem os preços.

“Uma das formas mais eficazes de controlar os preços é a ação do próprio povo. Se você vai ao supermercado e percebe que um produto está caro, simplesmente não compre. Se todos tiverem essa consciência, quem vende terá que reduzir os preços para não perder clientes e evitar prejuízos”, disse o presidente em entrevista a rádios da Bahia.

Para Lula, essa atitude faz parte da “sabedoria do ser humano”, e os consumidores não devem ser explorados pelo mercado.

Os alimentos e bebidas foram responsáveis por um terço da inflação acumulada em 2024, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Enquanto a inflação geral foi de 4,83%, os preços dos alimentos subiram 7,69%, com destaque para a carne, que teve alta de 20,84%, o maior aumento desde 2019.

Soma-se ao contexto o excesso de chuva em algumas das regiões produtoras no início do ano, o que afeta a oferta de hortifrútis, e o aumento do ICMS sobre os combustíveis, além do reajuste do diesel. Esses fatores pressionam a inflação.