O juízo da Vara Criminal da comarca de Porto União condenou Isaias dos Santos a 20 anos de prisão por latrocínio – roubo seguido de morte.

A vítima, Valdir Sarturi, foi golpeada na cabeça enquanto ainda dormia. O réu alegou legítima defesa, tese que foi rejeitada na ação. Isaias e Valdir eram colegas de trabalho.

O crime ocorreu em maio de 2023, no interior de um paiol situado na localidade de Salto do Rio Bonito, zona rural de Porto União.

De acordo com os autos, Isaias dos Santos, não satisfeito em tomar para si uma quantia em dinheiro da vítima, enquanto o homem ainda dormia, desferiu diversos golpes de machado em sua cabeça, sem dar qualquer chance de resistência.

Tal violência empregada causou traumatismo crânio-encefálico e provocou a morte de Sarturi. O corpo foi encontrado já em estado de putrefação.

Após o ato, o latrocida evadiu-se do local, porém com a investida policial nas imediações acabou localizado e detido.

Em depoimento, o réu solicitou a desclassificação do crime de latrocínio para homicídio e alegou que agiu em legítima defesa, uma vez que a vítima fez menção de pegar uma foice.

O argumento não encontrou suporte nos demais elementos colhidos ao longo do processo, que comprovou a materialidade e autoria do delito por meio do boletim de ocorrência, com fotografias, termo de exibição e apreensão, laudo pericial e relatórios, além da prova oral colhida em ambas as fases da persecução criminal e, ainda, a própria confissão do réu em Juízo.

A pena imposta ao réu foi de 20 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Ele teve negado o direito a recorrer em liberdade.