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Deputado que apalpou seio de colega em plenário é expulso do partido

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Parlamentar foi denunciado por importunação sexual e quebra de decoro parlamentar.

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O Diretório de São Paulo do Partido Cidadania decidiu, por 27 votos a três, expulsar da agremiação o deputado estadual Fernando Cury, flagrado por câmeras da Assembleia Legislativa apalpando, em plenário, a colega Isa Penna, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Vídeo gravado por câmera da Alesp, no dia 16 de dezembro de 2020, mostra Cury passando a mão no seio de Isa Penna durante sessão extraordinária para votar o Orçamento do estado. A deputada registrou boletim de ocorrência contra o deputado por importunação sexual.

O Conselho de Ética Nacional do Cidadania já havia se manifestado pela expulsão, mas o parlamentar conseguiu atrasar o procedimento recorrendo ao Judiciário.

A deputada Isa Pena disse que a decisão era uma “vitória feminista”. “Afinal um homem eleito deve (ou deveria) entender que assédio é assédio. Que o Fernando Cury entenda que ele não responde mais a mim e sim à sociedade e ao ministério público”.

Fernando Cury ainda pode recorrer da decisão de São Paulo ao Diretório Nacional.

Posição do partido

Em nota publicada no site do Partido Cidadania, membros da legenda se posicionaram sobre a decisão.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, elogiou a decisão e lamentou que o desfecho tenha levado tanto tempo. “Demorou. Já deveríamos ter resolvido isso. Lamentavelmente, ele foi ao judiciário discutir uma questão que é político-partidária e obteve liminar adiando um processo que deveria ser mais ágil. Eu diria até que deveria ser sumário pela gravidade da falta. O diretório de São Paulo fez justiça”, disse.

A secretária Nacional de Mulheres, Raquel Dias, disse que o diretório estadual fez “justiça à história do partido”. “Fez justiça também a quem somos hoje e ao partido que queremos ser. Mostrou que não escondemos nossos problemas, os enfrentamos. A política é difícil, pode ser cansativa, mas é o único caminho para novos tempos na sociedade”, disse.

O presidente do Conselho Nacional de Ética do Cidadania, Alisson Micoski, disse que a sociedade exige “postura das autoridades”, especialmente das que estão na política. “O Cidadania cumpriu seu papel enfrentando uma situação em que a sociedade contemporânea vem exigindo novas posturas, principalmente das autoridades, pessoas públicas e daquelas que exercem relevante papel em instituições”, destacou.